SOLO
Luz da Camara
“Solo”, a lembrar o solo terra, mas também o ato de estar só, é uma performance em criação que pretende trazer à cena as memórias de uma viajante que correu mundo e que nos últimos 11 anos escolheu embrenhar-se por terras do Alentejo. Este bloco de memórias contém performances, instalações sonoras, de objetos e site specific, desenhos, rádios novelas, viagens de Nova Iorque ao Malawi e todos os agostos à beira-mar plantada, uma pandemia, entre tantas outras coisas impossíveis de mencionar, mas muito capazes de serem postas em cena enquanto atmosferas.
Uma Performance de LUZ DA CAMARA, CARLOS LIMA, BRUNO DE AZEVEDO, CRISTINA VILHENA, MARGARIDA AGOSTINHO, SÃO NEVES, SÉRGIO RAMOS, SOFIA NEUPARTH, BERNARDO BAGULHO, ADÉLIA ALVES, ANDRÉ FORTIO, BERTA EHRLICH, BIA RAMOS, MINA TRINDADE, OLGA FALCATO E A.M.O.R.
Apoios FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO ALENTEJO, CENTRO CULTURAL DA MALAPOSTA / MINUTOS REDONDOS / CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS, MUNICÍPIO DE REDONDO E MUNICÍPIO DE ESTREMOZ
Produção A.M.O.R, C.E.M – CENTRO EM MOVIMENTO E SEM TERMO
LUZ DA CAMARA é licenciada em Gestão das Artes (INA) e Estudos de Teatro (FLUL). Estreou-se no teatro de revista Ádoque como atriz bailarina em 1977. Integrou o Taller de Investigaciones Teatrales Latino-Americanas orientado por Juan Uviedo, trabalhando entre a Argentina e Guatemala. Faz parte da rede CEM desde 1998, onde pesquisa sobre produção de atmosferas a que chamou “(des)teceres” e que tem desenvolvido consistentemente, quer em criações e interpretações, quer no trabalho com comunidades. Trabalhou com Luís Castro, Sofia Neuparth, Lúcia Sigalho, Miguel Loureiro, Bruno Bravo e com o grupo holandês DOOD PAARD na digressão internacional do espetáculo “Answer Me”. Trabalha em continuidade com a comunidade, cruzando população sénior, jovens em risco e mulheres em contexto de prostituição de rua, destacando o trabalho no Estabelecimento Prisional de Tires entre 2OOO e 2OO5, o projeto de investigação apoiado pela GDA na Crinabel Lumiar (2OO7/2OO8) que veio culminar na performance/instalação “Ao fim, ao cabo e ao resto…”, o acompanhamento na banda de jazz da Ajudautismo (2OO6/2OO9) e a colaboração com o projeto intergeracional TOCA subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, onde entre outras coisas produziu uma rádio novela cruzando população sénior, jovens em risco e mulheres em contexto de prostituição de rua. Desde 2O11 vive entre o Alentejo e Lisboa. Escreve, entre outras coisas, Guias de Viagens a Pé.
CARLOS LIMA é licenciado em Sociologia e Pós-Graduado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação pelo ISCTE-IUL. Estudou Realização Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro – Instituto Brasileiro de Audiovisual, onde teve aulas com professores como Walter Lima Júnior, Ruy Guerra, José Carlos Avellar, Ricardo Miranda e Fellipe Barbosa. Em 2O18 concluiu o Mestrado em Antropologia, com especialização em Culturas Visuais, na NOVA-FCSH. Realizou curtas-metragens, vídeos institucionais e documentários. Integrou a equipa de antropólogos e realizadores do projeto “Um Ramadão em Lisboa” (2O19). Fundou, recentemente, a produtora SEM TERMO Filmes, um projeto de descentralização, promoção e divulgação de cinema, com foco na produção, distribuição e exibição de filmes. Encontra-se a trabalhar na curta-metragem de ficção “P’ra Que Vivam”, em fase de pós-produção. E, paralelamente, a produzir e coordenar o projeto Como Se Viu E Como Se Vê, apoiado pelo ICA, que inclui inúmeras atividades, como uma mostra de cinema português e ações de formação de públicos, a acontecer em quatro concelhos do Alentejo (Estremoz, Borba, Vila Viçosa e Alandroal). Colabora com o Núcleo de Antropologia Visual e da Arte, NAVA-CRIA.
©Fotografia CARLOS LIMA