No atual território do concelho de Odivelas foram detetados vários vestígios arqueológicos ao longo dos anos, incluindo vários monumentos funerários megalíticos do tipo anta.

As antas deste território foram identificadas sobretudo nos finais do Século XIX e primeira metade do Século XX. Infelizmente, das antas de Trigache, Batalhas e Pedras Grandes, apenas, subsiste esta última, classificada como Monumento Nacional desde 1944.

A anta de Pedras Grandes, localizada em Caneças, atualmente no Bairro do Casal Novo, foi apresentada à comunidade científica pelo arqueólogo Carlos Ribeiro em 1880.

Em 2001, o Município de Odivelas, promoveu trabalhos arqueológicos para avaliação do potencial patrimonial da anta de Pedras Grandes. Graças a esses trabalhos foi possível verificar que a câmara do monumento se encontra relativamente preservada, com um pequeno corredor associado, virado a Sudoeste. Também se detetou os restos da mamoa e o contraforte dos esteios da câmara.

No Verão de 2004 realizou-se a segunda intervenção arqueológica, sob a coordenação do arqueólogo municipal em colaboração com a arqueóloga norte-americana, Maia Langley, e uma equipa constituída por um antropólogo físico e 14 estudantes universitários estrangeiros (dos E.U.A., Austrália, Inglaterra, Canadá e Roménia). Esta ação permitiu finalmente esclarecer em pormenor a arquitetura e o conteúdo do sepulcro, bem como, posteriormente, tornou possível a elaboração detalhada do plano de conservação e restauro, que obteve a concordância de princípio do Instituto Português de Arqueologia e do Instituto Português do Património Arquitetónico.

Anta com câmara formada por 7 esteios e um pequeno corredor virado a Sudoeste. Esta estrutura de grandes blocos calcários, foi utilizada como espaço funerário, durante o Neolítico final e Calcolítico. (4º-3º milénios a.C.). Está classificada como Monumento Nacional pelo DL n.º 33587, de 27-03-1944 e DL n.º 37450, de 16-06-1949.

Os trabalhos de conservação e restauro da Anta tiveram lugar durante o Verão de 2005 e estiveram a cargo da empresa Era Arqueologia.

Do plano de intervenção, constou o tratamento dos diversos elementos ortostáticos. A colagem dos esteios fraturados e a introdução de um novo bloco, com as caraterísticas dos existentes, para substituir o esteio em falta, bem como a sua implantação no local original, constituíram as mais importantes ações desta intervenção, pois será através delas que o monumento recuperará a sua imponência original. Por fim, foi demarcado o chão da câmara e do corredor.

Descrição:

Anta com câmara formada por 7 esteios e um pequeno corredor virado a Sudoeste. Esta estrutura de grandes blocos calcários foi utilizada como espaço funerário, durante o Neolítico final e Calcolítico. (4º-3º milénios a.C.)

Está classificada como Monumento Nacional pelo DL n.º 33587, de 27-03-1944 e DL n.º 37450, de 16-06-1949

Bairro Casal Novo, Caneças

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FONTE : CMO

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