A Fonte dos Castanheiros foi a primeira a ser explorada por particulares, em 1931 (8 de dezembro), tendo licença de exploração e venda, como água de mesa, por portaria da Direção Geral de Minas e Serviços Geológicas, a 21 de setembro de 1932. “Resultou da união de um grupo de seis pessoas – Artur Alves, Joaquim Diniz Morgado, José Simões Caracoleiro Jr., Manuel Mota Miragaia, Policarpo Domingos Pedroso e Victorino José Fernandes. Desta união, formou-se a Sociedade Água de Caneças, Lda., proprietária da Fonte”.
Esta fonte integra-se numa corrente estética que procura um revivalismo bucólico, pelo seu enquadramento natural e artístico. É uma fonte dotada de várias bicas, situada numa quinta pitoresca, decorada, com embrechados (conchas de moluscos, seixos de rios e fragmentos de cerâmica). Todo o conjunto reporta-se aos ambientes românticos.
O corpo avançado da fonte é composto por três arcos de volta perfeita, encimado por um frontão, de lanços, que enquadra três medalhões de embrechados. A simplicidade e solidez dos seus arcos reportam-nos a um revivalismo neo-romântico.
Em 1938 era a de maior fama, quer pelas suas instalações (em 1935 a sua frota automóvel contava com doze camionetas de distribuição), quer pelo movimento de material expedido. Fonte e Quinta eram frequentadas pelos forasteiros que acorriam a Caneças em busca do seu bom ar e das boas águas.
“Esta fonte possuía o maior caudal de água e era uma das mais conhecidas na distribuição aguadeira, pois caracterizava-se pela sua leveza e sabor”.
Rua dos Castanheiros, Caneças
FONTE: CMO